sexta-feira, 27 de julho de 2007

Guerras

  Existem muitos motivos e muitas maneiras de declarar uma guerra. Uma das piores é declarar guerra contra você mesmo. Não apenas porque você sabe que isso vai acabar machucando outras pessoas, mas porque a garantia de mundo que nós temos está limitada a nós mesmos. Talvez você não tenha sido pequeno o bastante para experimentar essas sensações, mas elas existem e as perguntas podem ser constantes: O mundo existe ou sou só eu? E, sendo só eu, como é possível olhar no espelho e odiar-se por não ser como tantos outros? Como é possível olhar para as outras pessoas e querer ser mais elas do que você mesmo? Por que, tantas e tantas vezes, o que fazemos é sempre muito pouco ou quase irrelevante perto do que as outras pessoas conseguem fazer? Por que quanto mais você tenta mudar mais você fica encarcerado no que você não quer ser?
  Não é inveja, ou talvez seja. Talvez sejam sempre os problemas de auto-estima e uma vontade infinita de poder quebrar grades que parecem nos perseguir.
  E talvez, só talvez, bem lá no fundo, mas eu sei que é exatamente isso, seja apenas vontade de deitar na grama debaixo de uma árvore, mas não ter grama e não ter árvore. É assim que começam as guerras.

7 comentários:

Anônimo disse...

acho que é um pouco da eterna insatisfação humana.
Gostei do texto, vou refletir um pouco sobre o assunto.

beijocas

Anônimo disse...

Desculpa o tempo sem comentar (não conseguia de jeito nenhum abrir comentários no blogspot). Sobre o texto: achei lindo. Nossa guerra particular, de cada dia, competindo com a guerra de cada um. Iniciam-se as guerras, em grandes proporções, pessoas morrendo, sofrendo. Mas tudo começa no micro, no mergulho interno de quem ainda não sabe nadar!

Anônimo disse...

- ui.
tem coisas que eu nem gosto de pensar.
mas partindo desse pré-suposto acho que tudo está no principio de gostar de si mesmo; e aceitar que tem determinadas coisas que não mudam... é fazer disso uma vantagem porque todos temos o nosso valor e ninguém está aqui em vão.

Anônimo disse...

Oi, olha eu aqui de novo!
Gostei do texto, se quer saber, me fez refletir.


Mas gostaria de falar mesmo sobre o livro que está lendo, gostaria de dizer que adoro esse livro e espero que goste também. O Holden é demais!

Você já leu outros livros do Slinger?

Olivia disse...

seu texto veio em boa hora!!!

valeu!

Anônimo disse...

Num mundo de fantasia onde a grande maioria das coisas que parecem ser não são é normal, mas triste, sentir-se assim.

Acho que a grama e a árvore só surgem com o tempo e é na juventude que plantamos as sementes.

Tenha uma linda semana!

Anônimo disse...

E as travadas contra eu mesma são as piores de se ver... Porque pode não ter cenário mórbido nem assustador, mas a dor quem sente sou eu e só nós para sabermos exatamente onde está aquela ferida aberta para ir lá e mexer nela.
Bjitos!