sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Blog Day 2007

Blog Day 2007Vou te contar, não é tão fácil assim citar cinco blogs. Eu pensei em indicar algo Novo em Folha, meio revolucionário, sabe? Só que, pensando bem, coisas revolucionárias podem ser passageiras e estourar nas nossas caras, feito Bubbles. Foi por isso que fiz minhas escolhas tendo em mente que, mesmo hoje em dia, quando todo mundo Quer ter um blog e acaba apelando para conseguir sucesso, a verdadeira beleza continua nas Pequenas coisas.

sábado, 25 de agosto de 2007

Matem o apanhador no campo de centeio!

   O Humberto Gessinger disse uma vez que existem dois tipos de música que valem a pena existir: as músicas que quando tocam no rádio você vai, corre, e muda de canal ou as que você vai, corre, e aumenta o volume. Acho que isso vale para tudo, inclusive para livros.
   Existem os livros que te surpreendem e os que te decepcionam. Existem aqueles que você corre para elogiar e os que você corre para xingar. Costumo só falar de bons livros, então, vou falar de um que me decepcionou e esperar que comecem a me atirar pedras.
   Pelo título você já deve ter entendido. Eu terminei de ler já faz um bom tempo (apesar dele continuar ali na sidebar), mas ainda tinha que escrever aqui minhas impressões sobre O apanhador no campo de centeio.
   Não é meu tipo de livro, não mesmo, mas só descobri quando terminei de ler. Quando vi o título achei que devia ser incrível. Além disso, sempre estabeleci uma relação entre esse nome e O Caçador de Pipas. Pode não ter nada a ver para você, mas na minha cabeça os dois livros sempre caminharam juntos, nem eu sei explicar o porquê. Talvez os caçadores de pipas corressem em campos de centeio, só na minha imaginação. Então, comecei a ler esperando uma narração digna do livro do Hosseini e encontrei um Holden Caulfied.
   O que mais me revoltou ao ler O apanhador no campo de centeio foi que eu fiquei esperando, durante todo o tempo, a história começar. E sabe como eu terminei o livro? Exatamente como o Caulfield costumava fazer, achando aquilo uma droga.
   Lá estou eu esperando uma grande morte no final, pra surpreender e fazer o leitor se revoltar, para fazer toda aquela chatice ter valido a pena. Sabe como é, um grande final pode salvar um livro inteiro, se o livro for ruim mas autor tiver a sorte do leitor ter tido paciência pra chegar até ali. Juro que meu coração acelerou enquanto eu me aproximava do fim, juro que eu esperava um atropelamento, um ataque cardíaco, um suicídio, um desabamento ou qualquer coisa assim. Mas o livro simplesmente acabou!
   Putz, já leu um livro que nunca começa? Esse é um, e eu não gostei. Provavelmente vão falar que eu não entendi nada, que o livro era muito bem bolado. Pode até ter tido toda uma importância histórica, ter sido um grande livro devido ao contexto da época, mas só me deu a sensação de ter perdido tempo lendo aquilo. Acho que foi isso que o assassino do John Lennon estava sentindo. Depois de ler um livro chato desse eu matava até o Raul Seixas (Sorte dele não estar vivo).

Emancipate yourself from mental slavery...

Emancipate yourself from mental slavery...

...None but ourselves can free our minds.
Bob Marley

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Festival de Inverno Bahia

   A edição desse ano do Festival de Inverno Bahia, a terceira, aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de Agosto aqui em Vitória da Conquista. Queria escrever sobre isso, mas acabei descobrindo que é mais difícil do que eu pensava. Então, aqui vai meu resumido comentário.
   Acho que o ponto mais negativo foi um público menor que o esperado, ao menos por mim. Tenho a impressão de que esse foi o ano mais vazio. Se estiver equivocada, uma coisa eu garanto, o público poderia ter sido bem maior se não fosse por alguns fatores. Primeiro, a escolha das atrações não agradaram muita gente. Mas esse é um ponto delicado, afinal, é uma questão de gosto. Acho que a grande culpa mesmo fica entre o preço dos ingressos, que subiu demais esse ano, e a criação do Festival de Feira de Santana, que atraiu o público daquela região que vinha para Conquista (história da micareta se repetindo?). Espero que a produção acorde com a chegada da concorrência para que no próximo ano o Festival possa crescer.
   Meu julgamento das atrações é muito influenciado pelo meu gosto. Ainda assim vou comentar que os shows do IRA! e de Paralamas do Sucesso com certeza entraram para minha lista de shows preferidos. Não apenas porque é Ira e Paralamas, mas porque foram shows maravilhosos mesmo.
   O Nasi tem uma presença de palco incrível! As músicas do IRA agitam, limpam a alma e ninguém consegue não prestar atenção nas performances deles. Foi o show da Sexta-Feira e tinha cacique para ser de Sábado. Só pra citar momentos marcantes, aquele “tchau tchau tchau” comédia foi ótimo, voltarem cantando Mariana foi pro mar me tirou do sério, ver todo mundo gritar junto “Envelheço na cidade” arrepiou e a versão de Teorema fez muita gente delirar.
   No Sábado, Paralamas conseguiu empolgar todo mundo com os maravilhosos hits da banda. Não por acaso, a galera pirou com Meu Erro e o Hebert ficou lá parado, olhando com cara de espanto para o pessoal, quando a música mal acabou e o coro entoou “Uh! Paralamas! Uh! Paralamas!”. Acredito mesmo que só essas duas bandas tenham valido o festival inteiro. Viva a Sociedade Alternativa!
   Depois, na minha classificação, vem o show de Charlie Brown Jr. Eu sei que a banda sofre um preconceito descomunal, principalmente aqui na cidade. Mas conseguiu agitar muito mais do que outras! Muita gente saiu reclamando que o Chorão falou mais do que cantou, que estava com preguiça, mas acho que falta compreenderem que cada artista tem seu estilo em cima do palco. Tenho certeza que os skatistas que subiram lá e tentaram fazer manobras não concordam com quem criticou esse feito. Acho que muitos fãs sonham em subir ali durante o show da sua banda preferida, fazer algo daquele tipo, e eles deram a oportunidade. As lições do Chorão podem ser clássicas e bobas para muita gente, mas tem uma galera ali que precisa mesmo ouvir esse tipo de coisa, não duvide. Enfim, não adianta ficar reclamando só porque você não gosta do estilo.
   Leoni, Lulu Santos, Dani Carlos: todos foram shows bons, mas que não são exatamente meu estilo preferido para um festival. Gosto de bandas para pular, agitar de verdade. Nem por isso tiro o mérito deles. Vi fãs saírem tão ensandecidos desses shows quanto eu saí dos de IRA! e Paralamas.
   Não assisti Papas na Língua e nem Cláudio Zoli. Preferi curtir nas tendas alternativas. Teve Diamba também, mas, ah, pelo amor de Deus, com o nível dessas outras atrações o que é Diamba, né? Tapa-buraco. Mas agradou a galera que curte, pelo menos isso.
   Agora vamos para a reclamação final, mas que fica como uma sugestão. Tem que haver um meio de avisar o pessoal que está nas tendas alternativas do que está acontecendo no palco principal. Muita gente perdeu pedaços de shows que queria muito ver porque nem sabia que o cantor já tinha começado a apresentação, principalmente os fãs de Leoni, depois da aparição relâmpago de Elomar (rsrs).
   O importante é que valeu! E, se o frio do inverno por acaso chegar, a gente se encontra de novo no ano que vem.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Harry Potter and the Deathly Hallows

   Primeiro quero declarar que este texto está livre de spoilers e que posso apagar comentários que eu considerar "estraga-prazeres".
 
   Li "Harry Potter e as Relíquias da Morte" logo depois do lançamento. Essa foi uma decisão que eu tomei depois de ler o sexto livro: ia melhorar meu inglês só pra não ter que esperar a tradução do sétimo. O motivo, claro, é que a gente sempre acaba descobrindo as coisas antes do tempo. Eu sou daquele tipo de pessoa que gosta de surpresas, de quebrar a cara tentando descobrir o que vai acontecer e, por isso, fico muito decepcionada quando topo com alguma informação indesejada.
   Tinha resolvido que, se não conseguisse ler em inglês, ia me trancar dentro do quarto, tampar os ouvidos – para o caso de algum carro de som passar anunciando o final – e me desligar do mundo até a Lya Wyler terminar seu trabalho. Ainda bem que não foi preciso. Até comecei lendo uma dessas traduções que o pessoal estava fazendo, mas, ao encontrar a versão em inglês, descobri que aquilo estava uma merda e fiquei mesmo na versão original.
 
   Pois é, eu li, parei, refleti e fim. O problema é que não é só assim. É tão estranho pensar que acabou! Quem não gosta não entende como é isso. Ainda lembro da minha ansiedade com os primeiros livros, de não dormir até terminar de ler cada novo lançamento, dos choros desesperados quando a história foi ficando mais densa, da tarde sumindo enquanto eu estava lendo deitada num sofá em uma salinha que não existe mais.
   Lembro da disputa com meu irmão para decidir quem ia ler, da sala de teatro adaptada em improviso para exibir o primeiro filme quando a cidade estava sem cinema, de como todos gritavam e os organizadores tiveram que parar a exibição para pedir silêncio. Lembro de ler o primeiro livro - meu preferido - muitas e muitas vezes, de me arrepiar sempre que eu chegava perto do final, de desejar um Dumbledore para me dar conselhos, de esperar que talvez um dia eu ainda recebesse uma coruja me convidando à Hogwarts. É uma parte da minha vida, o trabalho da Rowling.
   Cada personagem se tornou um conhecido e é como se eu estivesse estado em todos aqueles lugares junto com eles. Só que agora não tem mais o que esperar! Acabou. Sempre que penso nisso lembro de como se parece com quando Truman vai embora e as pessoas desligam a tv para viverem suas vidas. Sei que é uma analogia estranha, só que ainda mais estranho é entender que, para mim, quem estaria agora livre para poder viver seriam todos aqueles personagens.
   Quanto ao livro mesmo, eu gostei dele, queria poder comentar algumas coisas, mas não acho justo fazê-lo. Só digo que achei o epílogo realmente dispensável. Na minha opinião, ele fez a coisa perder a graça. Além disso, eu fiquei com a impressão de que a Joanne tinha preparado o final de um jeito e depois voltou atrás.
 
   Quem ainda não leu e quiser arriscar uma tradução, dizem que a melhor é a da Armada Tradutora. Para quem leu e ainda quiser saber um pouco mais, a J.K. respondeu em um chat várias coisas que não foram citadas no epílogo. Ela também pensa em lançar uma Enciclopédia para aproveitar materiais adicionais e angariar fundos para beneficência, mas como ela mesma disse, “Eu estou lidando com o nível de obsessão em alguns dos meus fãs que não irão descansar enquanto não souberem os nomes do meio dos tataravós de Harry”.
   Então, quem sabe qualquer hora eu comente o livro em si. Agora é esperar pelos últimos filmes e depois deixar os anos passarem para fazermos nossos filhos lerem tudo também. :)

domingo, 12 de agosto de 2007

A Semana em que Minha Mãe Saiu de Férias


  A semana em que minha mãe saiu de férias podia muito bem ser um filme de sucesso, patrocinado pela Sadia. A história toda começa numa Segunda-feira, quando a Mãe sai da cidade para "férias" não-exatamente-compulsórias lá na Paraíba. O contexto é a sociedade informatizada e cheia de liberdade da primeira década do século XXI.
  As cenas principais do filme ficam concentradas no território ainda mais maternal da casa: a cozinha. Enquanto a Mãe toma água de coco e se bronzeia nas maravilhosas praias paraibanas, vemos o Pai tentar tomar conta da família. Dois filhos para alimentar e um pouco de - como poderíamos dizer? - falta de dotes culinários se unem ao seu deslumbramento pelo total controle sobre o território, criando um roteiro divertido e dramático.
  O auge do filme é, sem dúvida, o momento em que o Pai volta do supermercado, ainda na Segunda-feira, carregando praticamente toda a linha de alimentos congelados da Sadia. A filha, desavisada, acorda nas manhãs (?) seguintes com ele a berrar na porta do quarto para ir almoçar a lasanha que ele mesmo havia preparado e coisas parecidas.
  Assim segue uma semana sem mãe: Lasanhas de diversos sabores, frangos pré-preparados, hambúrgueres Hot Pocket, pizzas, sorvetes, refrigerantes, pouca variação de marca e um estômago acabado.
  Na Semana em que minha mãe saiu de férias, o Filho ficou sem tomar banho durante 3 dias e não fez nenhuma lição de casa. O piso branco da cozinha ficou marrom esverdeado e a Filha teve que se virar para que três metros de terra não se acumulassem na garagem. Porém, de alguma forma inexplicável, nenhuma panela ficou acumulada para ser lavada mais tarde.
  Esse é um filme que retrata a capacidade de adaptação das habilidades que o Pai possui. Afinal, quando as mães saem de férias, os pais saem do controle remoto e passam a botar ordem também no lugar mais caótico da casa: o quarto do seu irmão, - opa, quero dizer, - a cozinha.
 
  Feliz Dia dos Pais para todos os pais que controlam o que quer que seja, ou até mesmo nada, mas que não deixam de ser nossos queridos pais!
  Afinal uma semana só comendo junk foodpara não usar o termo preferido das mães: porcaria - faz qualquer um feliz, né não?
 
 
  Ok, pra quem não entendeu a piadinha toda: Essa é uma história verídica contada como uma brincadeira com o filme nacional O ano em que meus pais saíram de férias.

sábado, 11 de agosto de 2007

Tutorial: Adaptando fotos para revelação

  Resolvi escrever isso por causa da minha mãe. Toda vez que ela vai revelar fotos, volta sem os pés ou sem a cabeça ou algo assim. E antes que vocês precisem ficar com pena, não é ela quem fica mutilada, mas sim as pessoas da foto (logo ela também está mutilada em algumas fotos, mas vocês entenderam!).
  A dica é bem simples, mas pode te poupar de ter que abrir o Photoshop todas as vezes que sua mãe quiser revelar aquelas fotos todas: mostre esse post pra ela e deixe ela mesma fazer o trabalho. Agora, se sua mãe não for chique que nem a minha e não souber fazer nada no PS, vê se dá umas aulinhas pra véa!
 
  Por que isso acontece?
  O formato padrão das câmeras digitais não é o mesmo usado na revelação das fotos. Costumamos tirar fotos em 4:3 e revelar em 3:2. Assim, ao revelar fotos no padrão 10x15, se você não chegar ao lugar com a foto já cortada, pode acabar perdendo pedaços que não desejava.
 
  Como resolver?
  A maneira mais prática é mudar a configuração da câmera. No menu em que você escolhe a resolução da foto, use a opção 3:2. A câmera vai fotografar com a maior resolução possível, cortando a foto para que ela caiba nos papéis de impressão.
  No entanto, nem todas as câmeras têm essa opção ou nem sempre você quer tirar a foto assim. O outro método é abrir o Photoshop e fazer o corte manualmente. Você mesmo vai escolher o que cortar e, se não gostar do resultado, pode deixar a foto para lá e escolher outra melhor.
 
  Fazendo o Crop
  Abra a foto no Photoshop. Escolha a ferramenta Crop Tool (aquela que você achava que nunca ia usar pra nada) clicando no seu respectivo ícone ou pressionando a letra C no teclado.


 
  Quando a ferramenta estiver selecionada, na barra superior ficarão as opções de largura e altura. Digite 15,2 cm e 10,2 cm, se a foto for horizontal, ou 10,2 cm e 15,2 cm, se a foto for vertical. Essas medidas podem variar um pouco a depender do equipamento usado no local da revelação, mas creio que você não notará diferença.
 

 
  Digite 300 no campo Resolution, que fica logo ao lado. Quando você preenche esse campo, o Photoshop faz, juntamente com o corte, uma interpolação. Ou seja, ele adapta os pixels da sua imagem para impressão e, por isso, o tamanho da foto vai aumentar. Se desejar que o laboratório faça essa parte, simplesmente não escreva nada no campo.
 

 
  Depois disso, clique num dos cantos da foto e arraste até o outro canto, criando um retângulo como se você estivesse usando a ferramenta de seleção normal. A parte que você não selecionar será a cortada. Largue o botão do mouse. Perceba que surgiu uma sombra preta, esta é a parte da foto que será eliminada. Movimente o retângulo até alcançar o melhor resultado.
 

 
  Quando a seleção estiver da maneira desejada, confirme clicando no V na barra de tarefas ou pressionando a tecla Enter.
 

 

 Foto: Emilãine Vieira / Modelo: Mayara Shanke.

  Voilà! Sua foto está cortada e ninguém além de você poderá receber a culpa pelas mutilações.
  Bem mais simples do que você pensava, né, mainha? ;P

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

A incrível indecisão

  Ou o incrível comodismo, depende muito do ponto de vista.

  Eu estava observando uma complexa mania que eu sempre tive: Todas as vezes em que eu começavam as aulas, eu começava a reclamar por férias. Provavelmente você achou isso muito normal, eu sei. A diferença comigo é que sempre que chegava perto das férias eu não queria mais que elas chegassem! Passava a não querer que as aulas acabassem, mas como o calendário letivo nunca seguiu a minha predisposição, as férias chegavam, querendo ou não.
  Então, logo no começo das férias eu passava a reclamar por aulas. O mais complexo da história toda é que, quando chegava na metade das férias, eu já não queria aula de maneira alguma.
  E cá estou eu, sofrendo novamente desse mal. Comecei essas "férias" reclamando que queria estudar, passei metade dela pedindo por aulas e agora, sabendo que vai acabar, não quero que acabe de maneira alguma.
  Como é que pode?

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Fim da greve na UESB

   Na tarde de hoje os professores da UESB votaram pelo fim da greve, que já durava 84 dias. Segundo o Jornal A Tarde, foram 65 votos a favor, 62 contra e uma abstenção.
   As reivindicações dos professores não foram atendidas e ainda não há data prevista para o retorno das atividades.

sábado, 4 de agosto de 2007

Missão Não-Impossível

   Os melhores poemas morrem sem saber que um dia existiram. Muitas vezes é fácil encontrá-los, ficam jogados em rimas nas feiras ao ar livre ou descansam em simples cantigas de ninar.
   Vários dos verdadeiros poetas têm mãos calejadas, que nem ao menos saberiam manusear um lápis. Poetas natos, poetas mortos, poetas livres. Tão livres que nem chegam a perceber que são poetas.
   Poetas da vida real criam poemas de consolo aos amigos quando eles choram, criam poemas em músicas enquanto a água despenca do chuveiro, criam poemas em receitas enquanto cozinham. Rimam sem precisar rimar e escrevem com pensamentos.
   Poemas cotidianos e, ainda assim, espetaculares. São o que são e são o que fazem. Jorram sem saber que jorram, existem sem saber que existem e encantam sem nem mesmo despertar a percepção de sua beleza. Desaparecem em segundos, fazendo de conta que nunca existiram.
   Você precisar estar sempre pronto, sempre alerta, pra descobrir um poema semi-morto.
   Essa é a tarefa que fica para cada um: achar um novo poema a cada dia.