Ops, já está funcionando novamente:
www.Iemai.com.br
terça-feira, 25 de março de 2008
segunda-feira, 17 de março de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
Muito alem dos outdoors
Tudo por quinze minutos de fama? Não sejamos modestos! Alguns têm mais, alguns têm menos: eu já contabilizo 19 anos de fama. É que TV, cinema, rádio, isso tudo é só metáfora. Palco de verdade é a tal da vida e, aqui, sim, vale tudo. Vale acordar de madrugada, enfrentar congestionamento e dar duro o dia todo pra poder comprar pão quando chegar a noite. Nós, artistas, nos viramos com nossos próprios escândalos para contracenar com todos que nos rodeiam e escrever nosso final feliz. Famoso de verdade é aquele que dá oi para o vizinho, que deseja bom dia para o padeiro e para o cobrador do ônibus, é quem ri com os casos do dono do barzinho e faz amigo na fila do banco. Famosos da vida real vivem sob a luz do holofote maior - o Sol - e, ao contrário dos pseudo-artistas da mídia, quando vêem o holofote se apagar é que começam a apresentar seus maiores shows. Aqui só não vale ser infeliz, afinal, brincando com as palavras do Ivan Lessa: a gente não nasce, estréia.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
O blog está morto! Vida longa ao blog!
http://www.IEMAI.com.br/
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Sobre cheiros e chaves
O cheiro é simplesmente mais uma percepção que um dos nossos cinco sentidos nos propicia, o olfato, que por sua vez, é comandado pelo nosso cérebro e gerenciado pelo nosso nariz. O fruto desse sistema é, na verdade, uma das mais complicadas experiências que nós podemos ter. Isso porque cheiro não é “simplesmente”, cheiro é a chave. Sim, a chave.
Temos um amontoado de gavetinhas e cada uma delas guarda um momento, um dia. Nesse dia você pensava em algo, ou em alguém, e sentia, sentia qualquer coisa. Talvez você sentisse um aperto de apreensão ou um êxtase de alegria, talvez sentisse medo ou vontade de sair correndo. Não importa muito o que você sentia, o que importa é o cheiro que estava lá. É provável que você nem o tenha notado, mas, naquele momento, ele se pendurou na penca que fica perto das gavetinhas.
De vez em quando, uma das chaves, como que por mágica, sai da penca. Você sabe o que acontece quando acaba tropeçando em uma delas. Você abre a gaveta. Reencontra aquele dia, vê o algo ou o alguém passar novamente pela sua cabeça, reencontra o que sentia e quase toca tudo que via. Você sente o aperto, o êxtase, o medo, a vontade. Tudo sobe, da ponta dos pés até chegar na sua nuca, só porque você usou a chave certa. Tudo volta, tudo se repete. Por segundos ou por horas você viaja na sua máquina do tempo particular.
A chave vai voltar para a penca e, quem sabe um dia, você tropece nela novamente...
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Baixa um disco!
Ando postando pouco por aqui, né? Mas é só por enquanto mesmo, porque que mudanças virão em breve.
Eu tenho um site com rotação de mp3s e downloads estáticos também, de J-music. E esse post é, na verdade, só para avisar de uma atualização completa que eu fiz. Então, quem gosta de J-pop e J-rock, visite o Piano Bar, que está todo renovado. :D
Atualmente, estes são os artistas que você encontra lá:
12012, 54 NudeHoneys, Ai Otsuka, An Cafe, Cubic U, D, DA PUMP, Digimon, ELLEGARDEN, Gackt, HIGH and MIGHTY COLOR, HIZAKI grace project, Kana, Merry, Miyavi, MUCC, Nightmare, Orange Range, Phantasmagoria, Tokyo Jihen, Utada Hikaru, vidoll, X Japan.
E a lista está crescendo ;)
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Blog Day 2007
Vou te contar, não é tão fácil assim citar cinco blogs. Eu pensei em indicar algo Novo em Folha, meio revolucionário, sabe? Só que, pensando bem, coisas revolucionárias podem ser passageiras e estourar nas nossas caras, feito Bubbles. Foi por isso que fiz minhas escolhas tendo em mente que, mesmo hoje em dia, quando todo mundo Quer ter um blog e acaba apelando para conseguir sucesso, a verdadeira beleza continua nas Pequenas coisas.
sábado, 25 de agosto de 2007
Matem o apanhador no campo de centeio!
O Humberto Gessinger disse uma vez que existem dois tipos de música que valem a pena existir: as músicas que quando tocam no rádio você vai, corre, e muda de canal ou as que você vai, corre, e aumenta o volume. Acho que isso vale para tudo, inclusive para livros.
Existem os livros que te surpreendem e os que te decepcionam. Existem aqueles que você corre para elogiar e os que você corre para xingar. Costumo só falar de bons livros, então, vou falar de um que me decepcionou e esperar que comecem a me atirar pedras.
Pelo título você já deve ter entendido. Eu terminei de ler já faz um bom tempo (apesar dele continuar ali na sidebar), mas ainda tinha que escrever aqui minhas impressões sobre O apanhador no campo de centeio.
Não é meu tipo de livro, não mesmo, mas só descobri quando terminei de ler. Quando vi o título achei que devia ser incrível. Além disso, sempre estabeleci uma relação entre esse nome e O Caçador de Pipas. Pode não ter nada a ver para você, mas na minha cabeça os dois livros sempre caminharam juntos, nem eu sei explicar o porquê. Talvez os caçadores de pipas corressem em campos de centeio, só na minha imaginação. Então, comecei a ler esperando uma narração digna do livro do Hosseini e encontrei um Holden Caulfied.
O que mais me revoltou ao ler O apanhador no campo de centeio foi que eu fiquei esperando, durante todo o tempo, a história começar. E sabe como eu terminei o livro? Exatamente como o Caulfield costumava fazer, achando aquilo uma droga.
Lá estou eu esperando uma grande morte no final, pra surpreender e fazer o leitor se revoltar, para fazer toda aquela chatice ter valido a pena. Sabe como é, um grande final pode salvar um livro inteiro, se o livro for ruim mas autor tiver a sorte do leitor ter tido paciência pra chegar até ali. Juro que meu coração acelerou enquanto eu me aproximava do fim, juro que eu esperava um atropelamento, um ataque cardíaco, um suicídio, um desabamento ou qualquer coisa assim. Mas o livro simplesmente acabou!
Putz, já leu um livro que nunca começa? Esse é um, e eu não gostei. Provavelmente vão falar que eu não entendi nada, que o livro era muito bem bolado. Pode até ter tido toda uma importância histórica, ter sido um grande livro devido ao contexto da época, mas só me deu a sensação de ter perdido tempo lendo aquilo. Acho que foi isso que o assassino do John Lennon estava sentindo. Depois de ler um livro chato desse eu matava até o Raul Seixas (Sorte dele não estar vivo).
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Festival de Inverno Bahia
A edição desse ano do Festival de Inverno Bahia, a terceira, aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de Agosto aqui em Vitória da Conquista. Queria escrever sobre isso, mas acabei descobrindo que é mais difícil do que eu pensava. Então, aqui vai meu resumido comentário.
Acho que o ponto mais negativo foi um público menor que o esperado, ao menos por mim. Tenho a impressão de que esse foi o ano mais vazio. Se estiver equivocada, uma coisa eu garanto, o público poderia ter sido bem maior se não fosse por alguns fatores. Primeiro, a escolha das atrações não agradaram muita gente. Mas esse é um ponto delicado, afinal, é uma questão de gosto. Acho que a grande culpa mesmo fica entre o preço dos ingressos, que subiu demais esse ano, e a criação do Festival de Feira de Santana, que atraiu o público daquela região que vinha para Conquista (história da micareta se repetindo?). Espero que a produção acorde com a chegada da concorrência para que no próximo ano o Festival possa crescer.
Meu julgamento das atrações é muito influenciado pelo meu gosto. Ainda assim vou comentar que os shows do IRA! e de Paralamas do Sucesso com certeza entraram para minha lista de shows preferidos. Não apenas porque é Ira e Paralamas, mas porque foram shows maravilhosos mesmo.
O Nasi tem uma presença de palco incrível! As músicas do IRA agitam, limpam a alma e ninguém consegue não prestar atenção nas performances deles. Foi o show da Sexta-Feira e tinha cacique para ser de Sábado. Só pra citar momentos marcantes, aquele “tchau tchau tchau” comédia foi ótimo, voltarem cantando Mariana foi pro mar me tirou do sério, ver todo mundo gritar junto “Envelheço na cidade” arrepiou e a versão de Teorema fez muita gente delirar.
No Sábado, Paralamas conseguiu empolgar todo mundo com os maravilhosos hits da banda. Não por acaso, a galera pirou com Meu Erro e o Hebert ficou lá parado, olhando com cara de espanto para o pessoal, quando a música mal acabou e o coro entoou “Uh! Paralamas! Uh! Paralamas!”. Acredito mesmo que só essas duas bandas tenham valido o festival inteiro. Viva a Sociedade Alternativa!
Depois, na minha classificação, vem o show de Charlie Brown Jr. Eu sei que a banda sofre um preconceito descomunal, principalmente aqui na cidade. Mas conseguiu agitar muito mais do que outras! Muita gente saiu reclamando que o Chorão falou mais do que cantou, que estava com preguiça, mas acho que falta compreenderem que cada artista tem seu estilo em cima do palco. Tenho certeza que os skatistas que subiram lá e tentaram fazer manobras não concordam com quem criticou esse feito. Acho que muitos fãs sonham em subir ali durante o show da sua banda preferida, fazer algo daquele tipo, e eles deram a oportunidade. As lições do Chorão podem ser clássicas e bobas para muita gente, mas tem uma galera ali que precisa mesmo ouvir esse tipo de coisa, não duvide. Enfim, não adianta ficar reclamando só porque você não gosta do estilo.
Leoni, Lulu Santos, Dani Carlos: todos foram shows bons, mas que não são exatamente meu estilo preferido para um festival. Gosto de bandas para pular, agitar de verdade. Nem por isso tiro o mérito deles. Vi fãs saírem tão ensandecidos desses shows quanto eu saí dos de IRA! e Paralamas.
Não assisti Papas na Língua e nem Cláudio Zoli. Preferi curtir nas tendas alternativas. Teve Diamba também, mas, ah, pelo amor de Deus, com o nível dessas outras atrações o que é Diamba, né? Tapa-buraco. Mas agradou a galera que curte, pelo menos isso.
Agora vamos para a reclamação final, mas que fica como uma sugestão. Tem que haver um meio de avisar o pessoal que está nas tendas alternativas do que está acontecendo no palco principal. Muita gente perdeu pedaços de shows que queria muito ver porque nem sabia que o cantor já tinha começado a apresentação, principalmente os fãs de Leoni, depois da aparição relâmpago de Elomar (rsrs).
O importante é que valeu! E, se o frio do inverno por acaso chegar, a gente se encontra de novo no ano que vem.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Harry Potter and the Deathly Hallows
Primeiro quero declarar que este texto está livre de spoilers e que posso apagar comentários que eu considerar "estraga-prazeres".
Li "Harry Potter e as Relíquias da Morte" logo depois do lançamento. Essa foi uma decisão que eu tomei depois de ler o sexto livro: ia melhorar meu inglês só pra não ter que esperar a tradução do sétimo. O motivo, claro, é que a gente sempre acaba descobrindo as coisas antes do tempo. Eu sou daquele tipo de pessoa que gosta de surpresas, de quebrar a cara tentando descobrir o que vai acontecer e, por isso, fico muito decepcionada quando topo com alguma informação indesejada.
Tinha resolvido que, se não conseguisse ler em inglês, ia me trancar dentro do quarto, tampar os ouvidos – para o caso de algum carro de som passar anunciando o final – e me desligar do mundo até a Lya Wyler terminar seu trabalho. Ainda bem que não foi preciso. Até comecei lendo uma dessas traduções que o pessoal estava fazendo, mas, ao encontrar a versão em inglês, descobri que aquilo estava uma merda e fiquei mesmo na versão original.
Pois é, eu li, parei, refleti e fim. O problema é que não é só assim. É tão estranho pensar que acabou! Quem não gosta não entende como é isso. Ainda lembro da minha ansiedade com os primeiros livros, de não dormir até terminar de ler cada novo lançamento, dos choros desesperados quando a história foi ficando mais densa, da tarde sumindo enquanto eu estava lendo deitada num sofá em uma salinha que não existe mais.
Lembro da disputa com meu irmão para decidir quem ia ler, da sala de teatro adaptada em improviso para exibir o primeiro filme quando a cidade estava sem cinema, de como todos gritavam e os organizadores tiveram que parar a exibição para pedir silêncio. Lembro de ler o primeiro livro - meu preferido - muitas e muitas vezes, de me arrepiar sempre que eu chegava perto do final, de desejar um Dumbledore para me dar conselhos, de esperar que talvez um dia eu ainda recebesse uma coruja me convidando à Hogwarts. É uma parte da minha vida, o trabalho da Rowling.
Cada personagem se tornou um conhecido e é como se eu estivesse estado em todos aqueles lugares junto com eles. Só que agora não tem mais o que esperar! Acabou. Sempre que penso nisso lembro de como se parece com quando Truman vai embora e as pessoas desligam a tv para viverem suas vidas. Sei que é uma analogia estranha, só que ainda mais estranho é entender que, para mim, quem estaria agora livre para poder viver seriam todos aqueles personagens.
Quanto ao livro mesmo, eu gostei dele, queria poder comentar algumas coisas, mas não acho justo fazê-lo. Só digo que achei o epílogo realmente dispensável. Na minha opinião, ele fez a coisa perder a graça. Além disso, eu fiquei com a impressão de que a Joanne tinha preparado o final de um jeito e depois voltou atrás.
Quem ainda não leu e quiser arriscar uma tradução, dizem que a melhor é a da Armada Tradutora. Para quem leu e ainda quiser saber um pouco mais, a J.K. respondeu em um chat várias coisas que não foram citadas no epílogo. Ela também pensa em lançar uma Enciclopédia para aproveitar materiais adicionais e angariar fundos para beneficência, mas como ela mesma disse, “Eu estou lidando com o nível de obsessão em alguns dos meus fãs que não irão descansar enquanto não souberem os nomes do meio dos tataravós de Harry”.
Então, quem sabe qualquer hora eu comente o livro em si. Agora é esperar pelos últimos filmes e depois deixar os anos passarem para fazermos nossos filhos lerem tudo também. :)
domingo, 12 de agosto de 2007
A Semana em que Minha Mãe Saiu de Férias
A semana em que minha mãe saiu de férias podia muito bem ser um filme de sucesso, patrocinado pela Sadia. A história toda começa numa Segunda-feira, quando a Mãe sai da cidade para "férias" não-exatamente-compulsórias lá na Paraíba. O contexto é a sociedade informatizada e cheia de liberdade da primeira década do século XXI.
As cenas principais do filme ficam concentradas no território ainda mais maternal da casa: a cozinha. Enquanto a Mãe toma água de coco e se bronzeia nas maravilhosas praias paraibanas, vemos o Pai tentar tomar conta da família. Dois filhos para alimentar e um pouco de - como poderíamos dizer? - falta de dotes culinários se unem ao seu deslumbramento pelo total controle sobre o território, criando um roteiro divertido e dramático.
O auge do filme é, sem dúvida, o momento em que o Pai volta do supermercado, ainda na Segunda-feira, carregando praticamente toda a linha de alimentos congelados da Sadia. A filha, desavisada, acorda nas manhãs (?) seguintes com ele a berrar na porta do quarto para ir almoçar a lasanha que ele mesmo havia preparado e coisas parecidas.
Assim segue uma semana sem mãe: Lasanhas de diversos sabores, frangos pré-preparados, hambúrgueres Hot Pocket, pizzas, sorvetes, refrigerantes, pouca variação de marca e um estômago acabado.
Na Semana em que minha mãe saiu de férias, o Filho ficou sem tomar banho durante 3 dias e não fez nenhuma lição de casa. O piso branco da cozinha ficou marrom esverdeado e a Filha teve que se virar para que três metros de terra não se acumulassem na garagem. Porém, de alguma forma inexplicável, nenhuma panela ficou acumulada para ser lavada mais tarde.
Esse é um filme que retrata a capacidade de adaptação das habilidades que o Pai possui. Afinal, quando as mães saem de férias, os pais saem do controle remoto e passam a botar ordem também no lugar mais caótico da casa: o quarto do seu irmão, - opa, quero dizer, - a cozinha.
Feliz Dia dos Pais para todos os pais que controlam o que quer que seja, ou até mesmo nada, mas que não deixam de ser nossos queridos pais!
Afinal uma semana só comendo junk food – para não usar o termo preferido das mães: porcaria - faz qualquer um feliz, né não?
Ok, pra quem não entendeu a piadinha toda: Essa é uma história verídica contada como uma brincadeira com o filme nacional O ano em que meus pais saíram de férias.